Nós somos a Casa Atreides. Atendemos a qualquer convocação e não traímos nenhuma fé. O Imperador nos pede para levar paz a Arrakis. A Casa Atreides aceita.

No entanto, o caminho tem sido longo, inesperado e traiçoeiro. Uma prolongada Guerra de Assassinos se estende por anos. Embora nos custe caro, traremos honra e graça a Arrakis, tudo o que é a antítese à Casa Harkonnen. Eles desejam infectar todos os lugares e povos que tocam com a toxicidade de seu planeta natal.

Podemos vencer, mas precisamos da sua ajuda. Todos precisam de novas experiências. Isso toca algo profundo, que traz crescimento. Sem mudança, algo dorme dentro de nós e raramente desperta. O adormecido precisa despertar. Encontre o seu despertar em Arrakis!

Mesmo que nossos inimigos nos cerquem, ainda proclamamos: "Aqui estamos, aqui permaneceremos!"

Fale com seu recrutador hoje mesmo!

Perdi outro agente hoje. Não era para ser assim. Quando atendi ao chamado, tinha o sonho ingênuo de uma grande luta ao lado do meu Duque e de Duncan Idaho. Sonhei que, se fizesse o sacrifício supremo, pelo menos seria imortalizado em uma das canções de Gurney Halleck.

Em vez disso, o destino sádico me trouxe para uma Guerra de Assassinos, me colocou na inteligência militar. Apodreço nesta taverna purulenta. Todos os dias procuro pessoas desprezíveis e as jogo no moinho da espionagem. Todos os dias eu observo e odeio meu nêmesis, Maxim Kazmir. A cada dia, minhas ações se assemelham mais às dele.

Tenho um sonho recorrente. Olho no espelho, vejo o rosto de Maxim. Essa manhã, quebrei meu espelho.

Meu amor,

Uma vez que você tenha explorado um medo, ele se torna menos aterrorizante. Parte da coragem vem de ampliar nosso conhecimento. Estou com medo, e preciso explorar esse medo.

Nossos recursos se reduzem perigosamente. É possível que os Harkonnen vençam simplesmente esperando, nos deixando sangrar até a morte em um beco sem saída. Mas esse não é o meu medo. A política do Landsraad se torna cada vez mais emaranhada e intrincada. Mas esse não é o meu medo. Há traição vinda do Trono do Leão Dourado. Mas esse não é o meu medo.

Tenho medo da morte da identidade. Tenho medo que a Guerra de Assassinos tenha tirado do nosso povo, algo que só pode ser visto nos olhos e talvez nunca seja reposto. Mesmo se vencermos, ainda seremos Atreides depois disso tudo? Não posso demonstrar esse medo a eles. Só posso compartilhá-lo com você.

Sobreviver não basta. Eles merecem mais. Como podemos permanecer nós mesmos? Como podemos cumprir a promessa da nossa Casa?

Com carinho,

Leto